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Mostrando postagens de junho, 2006

Competência para quê?

Um dos grandes debates da Educação gira em torno das "competências". Há educadores e profissionais da área bem intencionados que sugerem que a educação escolar deve se pautar em desenvolver competências. Muitas ONG’s que trabalham com educação efetivamente se servem dessas competências para atingir seus objetivos educacionais. A discussão que quero abrir nesse post é para quê/quem serve tais competências. Um aprofundamento nesse tema mostra que “Competência”, é um conceito falsamente progressista e relacionado à idéia de que os conhecimentos de cada um são fruto de experiências individuais, aparece como panacéia para os problemas pedagógicos atuais, mas de fato não faz mais que escamotear a submissão da educação escolar e popular à lógica do capital. A educação de competências põe a ação educativa num nível de ajustamento e adequação ao real imediato, como se o aprender que não dissesse respeito à apropriação do conhecimento e do fazer da vida (as competências são capacidades

Revoluções Silenciosas

Fiquei impressionado com a invasão do Congresso Nacional ontem pelo MLST e busquei em dois autores - Rui Barbosa e José M. Esteve - dois posicionamentos com que compactuo. Se os fracos não têm a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão internacional. (Rui Barbosa – A Revogação da Neutralidade Brasileira, 33). A diferença substancial entre uma autêntica revolução e uma simples revolta reside no fato de que, depois de uma revolução, nada volta a ser igual. As revoluções, muito mais do que um acontecimento com base no qual se mudam as mentalidades, são o efeito de uma mudança de mentalidade que veio se estendendo paulatinamente, até que se torna visível com um acontecimento inesperado, no qual afloram pensamentos, atitudes e valores que até aquele momento se espalhavam sem alterar visivelmente

Initio litis

Iniciar esse blog com a citação de Boileau (Art Poétique) é uma inspiração e um duplo desafio. Primeiro manter um blog atualizado e convidativo é realmente um desafio nesse momento em que a vida é um mar de tarefas a serem cumpridas. E segundo, escrever implica necessariamente um pensar anterior, uma reflexão que não deve ser superficial sobre o assunto abordado, que a partir de uma visão crítica de vários ângulos, no mínimo seja inteligente. Ser inteligente! Eis o desafio!